segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Mário Quintana

*(Mário Quintana )*

O tempo não pode ser segurado; a vida é uma tarefa a ser feita e que levamos para casa.
Quando vemos já são 18 horas.
Quando vemos já é sexta feira.
Quando vemos já terminou o mês.
Quando vemos já terminou o ano.
Quando vemos já se passaram 50 ou 60 anos.
Quando vemos, nos damos conta de ter perdido um amigo.
Quando vemos, o amor de nossa vida parte e nos damos conta de que é tarde para voltar atrás...

Não pare de fazer alguma coisa que te dá prazer por falta de tempo, não pare de ter alguém ao seu lado ou de ter prazer na solidão.
Porque os teus filhos subitamente não serão mais teus e deverá fazer alguma coisa com o tempo que sobrar.

Tenta eliminar o “depois”...
Depois te ligo...
Depois eu faço...
Depois eu falo...
Depois eu mudo...
Penso nisso depois...

Deixamos tudo para depois, como se o depois fosse melhor, porque não entendemos que:
Depois, o café esfria...
Depois, a prioridade muda...
Depois, o encanto se perde...
Depois, o cedo se transforma em tarde...
Depois, a melancolia passa...
Depois, as coisas mudam...
Depois, os filhos crescem...
Depois, a gente envelhece...
Depois, as promessas são esquecidas...
Depois, o dia vira noite...
Depois, a vida acaba...

Não deixe nada para depois porque na espera do depois se pode perder os melhores momentos, as melhores experiências, os melhores amigos , os melhores amores ...

Lembre-se que o depois pode ser tarde.
O dia é hoje, não estamos mais na idade em que é permitido postergar.
Talvez tenha tempo para ler e depois compartilhar esta mensagem ou talvez deixar para...”depois”

Sempre unidos:
Sempre juntos...
Sempre fraternos...
Sempre amigos...

(Passe aos seus melhores amigos; não depois... Agora!)

Guzzo - A igualdade não é um direito – é o resultado do que o cidadão aprendeu

Desigual

A igualdade não é um direito – é o resultado do que o cidadão aprendeu

J.R. Guzzo, O Estado de S.Paulo

08 de dezembro de 2019 | 03h00

Vamos combinar uma coisa, desde já: ainda não foi inventada neste mundo uma maneira mais eficaz de concentrar renda, preservar a pobreza e promover a desigualdade do que negar ao povo jovem uma educação decente – apenas decente, só isso. Vamos combinar mais uma coisa: só há uma chance na vida de adquirir os conhecimentos básicos para a melhoria da condição social de quem nasceu pobre, e essa chance é a escola básica.

Se for perdida, ela não volta nunca mais; é perfeitamente inútil ficar falando em “resgate da pobreza”, “ascensão social”, “mais igualdade” e outros requisitos para um “mundo mais justo” depois que o garoto saiu da escola e não aprendeu o que deveria ter aprendido. Não é preciso ser nenhuma Finlândia, Cingapura e outros parques temáticos sociais que enfeitam nosso planeta. Basta o cidadão aprender o suficiente para fazer as operações essenciais da matemática, distinguir física de química e entender o que leu numa página escrita em linguagem corrente.

Há um acordo geral sobre essas realidades? Se houver, é bom já ir se acostumando com o seguinte fato: praticamente todas as ideias que circulam por aí para melhorar o Brasil são a mais pura e lamentável perda de tempo.

O que adianta esquentar a cabeça discutindo se o deputado Rodrigo Maia vai salvar a República dos perigos da “polarização”? Ou se os gigantes da nossa “engenharia política”, seja isso lá o que for, vão bater um suco de Lula com Luciano Huck, misturar tudo o que há no meio, e tirar daí o segredo do centro-esquerda-moderado-sociológico-popular que vai levar os 200 milhões de brasileiros direto para o céu? Adianta três vezes zero.

Não vai adiantar nunca, quando ninguém mais se lembra, entre todos os condes e viscondes da política e das classes intelectuais deste País, da calamidade social que nos foi anunciada há menos de uma semana. Que calamidade? Coisa simples: na última e mais respeitada avaliação da qualidade da educação no mundo, feita em 2018 em 79 países, o Brasil ficou entre os 20 piores. Nossos jovens, para resumir a ópera, não sabem nada de matemática, ciências e leitura – ou nada que preste para alguma coisa realmente útil. Não há horizonte viável num país assim, é claro. Mas como ninguém está ligando, é assim que o País vai continuar. 

Mudar como, se a elite que se diz responsável, pensante e equilibrada continua achando que o grande problema da educação no Brasil é o ministro Weintraub? Que diabo ele tem a ver com o desastre dos últimos 30 ou 40 anos – mesmo que seja o pior ministro de Educação do mundo?

Vamos continuar nos queixando, nas mesas-redondas de televisão e nas palestras para empresários, que o Brasil é um país injusto, que temos de “distribuir renda”, que é preciso dialogar com as “comunidades”, etc. etc – mas ninguém quer ensinar a moçada a somar fração, perceber o que é um átomo ou entender o que está escrito num texto de quinze linhas, mesmo porque há uma multidão que não sabe escrever um texto de quinze linhas.

É inútil, como fazem nove entre dez políticos, comunicadores e cientistas sociais, querer que as pessoas tenham igualdade nos resultados quando não são iguais nos méritos. Não há como ser igual nos méritos, ao mesmo tempo, se o sujeito que sabe menos não teve oportunidades iguais de aprender as coisas que foram aprendidas pelo sujeito que sabe mais.

É tolo supor que quem sabe menos pode ganhar o mesmo que quem sabe mais, ou ter as mesmas recompensas na vida – tão tolo como achar que você vai ser contratado pelo Real Madrid porque joga futebol com a turma do prédio. A igualdade não é um direito – é o resultado do que o cidadão aprendeu. Não há “políticas públicas”, nem “vontade política”, que possam resolver isso.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

O TREM MAGNÉTICO DA CHINA


O TREM MAGNÉTICO DA CHINA



O Maglev (derivado do termo "magnetic levitation") usa levitação magnética para impulsionar veículos, que se movem com o uso de ímãs, sem necessitar de rodas, eixos e rolamentos. Com o Maglev, um veículo é levitado a uma curta distância de uma guia, usando ímãs para criar elevação e impulso. O veículo circula levitando, percorrendo uma guia correspondente aos trilhos das ferrovias convencionais. Para isso, utiliza forças eletromagnéticas entre ímãs supercondutores a bordo do veículo e de bobinas no chão.[1]
A grande diferença entre um trem Maglev e os trens convencionais é que sua força motriz é gerada por uma combinação de bobinas eletrificadas nas paredes das guias e a bordo dos trens.[2]

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Figura 1 - Levitação e guiamento de um Sistema Maglev
Diferente dos trens convencionais, a tecnologia Maglev emprega um motor linear e utiliza eletromagnetos para direcionamento e suporte. 
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Figura 2 - Comparação entre o suporte, propulsão e guiamento de um trem convencional (a) e do sistema Maglev (b) 
A origem do trem Maglev remonta ao ano de 1934, quando sua concepção foi patenteada por Hermann Kemper, na Alemanha. A tecnologia Maglev veio sendo desenvolvida paulatinamente a partir da década de 1960, e nos anos 90 foi submetida a diversos testes de desenvolvimento.[3]
O nível de prontidão de uma tecnologia é um indicador confiável de sua maturidade, ou seja, se ela está pronta para ser utilizada num novo produto. Assim, sua viabilidade comercial dependerá da comprovação de sua segurança e desempenho operacional[4].
Em maio de 1998, quando o governo alemão já havia investido 30 anos de pesquisa e cerca de US$ 2 bilhões no desenvolvimento da tecnologia, a Siemens AG e a ThyssenKrupp AG criaram o consórcio Transrapid International AG (TRI), em Berlim, na Alemanha, para e comercializar o trem Maglev. Contudo, em 1999, uma mudança no governo alemão enfraqueceu o suporte político ao empreendimento da TRI, o que redundou no cancelamento, em fevereiro de 2000, da rota da Transrapid que ligaria Berlim a Hamburgo, isso a apenas seis meses da data prevista para o início das obras.[5]
Assim, no início de 2000, não havia nenhum trem de alta velocidade em operação no mundo que empregasse o Sistema Maglev. Exatamente naquele momento, o governo chinês enviou uma equipe de engenheiros à Alemanha para conhecer aquela tecnologia, resultando na celebração de um contrato com a TRI para construir uma linha de ligando o distrito financeiro da cidade de Xangai ao aeroporto de Pudong, numa distância de 30 km. 
As obras começaram já em março de 2001 e, em 1º de janeiro de 2003, o Shangai Transrapid começou a operar comercialmente. Num curto trajeto de poucas dezenas de quilômetros, um trem dotado de poderosos imãs se ergue 10 mm sobre sua guia e, movido por outros magnetos, viaja a uma alta velocidade, atingindo um máximo de quase 320 km/h, completando o percurso em pouco mais de 7 minutos [6]. Para tal façanha, o governo chinês investiu US$ 1,2 bilhão, um investimento altíssimo considerando que o PIB da China na época situava-se ao redor de US$ 1.4 trilhão e o país ainda não iniciara a expansão vertiginosa que nas duas décadas seguintes o colocaria como a segunda economia do mundo.[7]

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Figura 3 - Shangai Transrapid
Durante a construção do Shangai Transrapid, especulava-se que a experiência adquirida na sua operação comercial viabilizaria a construção de uma linha entre Xangai e Pequim utilizando trens Maglev de alta velocidade, num percurso de 1300 km e a um custo de £15.5 bilhões, ou aproximadamente US$ 20 bilhões. Esse empreendimento justificaria o alto investimento do governo chinês na obtenção daquela tecnologia, mas ele não foi adiante.[8]
Outra iniciativa se configurou em março de 2006, quando o governo chinês anunciou a construção do que seria a segunda linha comercial de trens Maglev no mundo, ligando Xangai à cidade de Hangzhou, num percurso de 175 km. Esperava-se que o trens Maglev, mais rápidos que os chamados trens-bala convencionais, alcançassem 430 km/h e o trajeto fosse cumprido em 27 minutos. O custo dessa obra estava estimado em US$ 4.5 bilhões.
Entretanto, já em junho de 2006, alguns sites de notícias chineses já alegavam que o projeto poderia ser abandonado se persistissem alguns alegados problemas relacionados a transferência de tecnologia para a construção daquela linha[9], e em março de 2008, o projeto foi abandonado.[10]
Ainda se especula sobre outros projetos de trens Maglev de alta velocidade na China, mas atualmente a única linha comercial de um trem Maglev naquele país é a do percurso de 30 km, ligando o centro financeiro de Xangai ao seu aeroporto e que custou US$ 1,2 bilhão. Diante de um investimento tão vultoso e com tão poucos resultados, alguém poderia dizer que o empreendimento foi um fracasso, mas há um acontecimento que merece ser conhecido.
Em 2017, a China surpreendeu os meios militares ao anunciar que seu segundo porta-aviões, ainda em construção, será dotado de catapultas eletromagnéticas, o que lhe permitirá operar com aeronaves mais pesadas, com maior raio de ação e poder de fogo. Certamente, essas novas capacidades não surgiram por acaso, mas isso já é assunto para outra história.

Referências
[1] Yadav et al, 2013. 
[2] CHOPADE, 2017
[3] LEE et al. 2006.
[4] INCOSE, 2015.
[5] COATES, 2005. 
[6] Idem
[8] China claims train blue riband - disponivel em https://www.theguardian.com/world/2003/jan/01/china.johngittings, acessado em 20 de novembro de 2019.
[9] China May Abandon Shanghai-Hangzhou Maglev Line - Xinhua News Agency June 10, 2006, disponível em http://www.china.org.cn/english/2006/Jun/170954.htm, acessado em 20 de novembro de 2019.
[10] Shanghai-Hangzhou Maglev - disponível em https://www.railway-technology.com/projects/shanghai-Maglev/. Acessado em 20 de novembro de 2019o.

BIBLIOGRAFIA
CHOPADE, Shripad Shashikant. Magnetically Levitated Trains (Maglev). International Research Journal of Engineering and Technology. Vol 04, nº 04. 2017.
COATES, Kevin. Shanghai’s Maglev project – levitating beyond transportation theory. Enginerring World. Abril/Maio. 2005
INTERNATIONAL COUNCIL ON SYSTEMS ENGINEERING - INCOSE. Systems Engineering Handbook: a guide for system life cycle processes and activities. 4ª Edição. Hoboken, Estados Unidos da América: John Wiley & Sons, Inc., 2015. 
LEE, Hyung-Woo; KIM, Ki-Chan; LEE, Ju. Review of Maglev Train Technologies. IEEE Transactions on Magnetics, Vol 42, nº 7. 2006.
YADAV, Monika; MEHTA, Nivritti; GUPTA, Aman; CHAUDHARY, Akshay; MAHINDRU, D.V. Review of Magnetic Levitation (Maglev): A Technology to Propel Vehicles with Magnets. Global Journal of Researches in Engineering Mechanical & Mechanics, Vol 13, nº 7. 2013

sábado, 15 de junho de 2019

SERÁ QUE O VAZADOR DA LAVA JATO É DIOGO CASTOR DE MATTOS?

O VAZADOR DA LAVA JATO É DIOGO CASTOR DE MATTOS?

Segundo fonte que não quis se identificar, o procurador Diogo Castor de Mattos teria vazado as mensagens de Deltan e Moro para se safar de uma "prensa" que Dallagnol estaria armando para o escritório de seus irmãos Analice e Rodrigo Castor de Mattos.

Rodrigo atuava em conjunto com o irmão para extorquir os acusados da lava jato,
utilizando o expediente das "delações premiadas" para faturar alto em cima de dinheiro oriundo de corrupção.

O esquema chegava até a 2ª instância no TRF-4 através do primo de ambos, o subprocurador Maurício Gotardo Gerum, que participaria do esquema revisando e endossando as sentenças baseadas nas acusações de Diogo.

Diogo era um os procuradores de confiança de Deltan Dallagnol, recebendo informações privilegiadas e com acesso a decisões antecipadas de Moro, repassava as informações para o irmão chantagear e extorquir os acusados que seu escritório defendia.

A desfaçatez foi tão grande que o STF pediu publicamente que a Procuradoria-Geral da República investigasse a relação entre os irmãos, sob alegação de corrupção na operação lava-jato.

Alguns acusados como João Santana e Palocci, foram pressionados a rescindir contrato com escritorio do advogado Roberto Batochio e forçados a "contratar" o escritório de Rodrigo Castor de Mattos.

Segundo o ministro Gilmar Mendes, após o esquema vir a tona, as atuações passaram a ser clandestinas e continuaram até o Diogo pedir afastamento da Lava Jato em abril de 2019. Até então, somente no caso
do Palocci o escritório de advocacia da família mattos teria faturado mais de 30 milhões de reais.

Em março houve um atrito muito forte entre Diogo e a Advogada Anna Carolina Noronha, filha do presidente do STJ
João Otavio Noronha, que passaram a denunciar publicamente as irregularidades praticadas pela família Castor de Mattos.

Ao que tudo indica, ao manchar a reputação da operação lava-jato Diogo e Rodrigo teriam sido pressionados e ameaçados por outros procuradores da operação e, copiaram todas as mensagens do grupo como forma de se proteger caso fossem "fritados" publicamente por seus pares da Lava-Jato.

A ambição dos irmãos cresceu com a possibilidade de participarem da gestão da fundação bilionária que Dallagnol e Castor tentaram criar com fundos da Petrobrás, Diogo está sendo investigado pelo polêmico acordo extrajudicial firmado pelo MP.

Após discussão com Dallagnol, que o teria acusdo de ser o responsável pela acordo da fundação ter sido negado pelo STF,  Diogo estaria acuado, ansioso e preocupado com o que poderia acontecer com ele e seus irmãos.

Com medo de serem desmascarados e descartados, os irmãos teriam facilitado o arquivo para o intercept publicar, dessa forma os holofotes sairiam de cima deles diretamente para as cabeças de Moro e Dallagnol.

Outra possível motivação é que Diogo teria sido obrigado a pedir seu afastamento da operação contra sua vontade e agora estaria vazando as mensagens como forma de retaliação. Caso não pedisse o afastamente ele teria sido fritado junto com o irmão.

A coincidência de datas é bastante sugestiva, Diogo pede afastamento em abril e poucas semanas depois o Intercept recebe um gigantesco vazamento que veio a luz.

O "ponto de virada" que teria levado Diogo a vazar as mensagens teria sido a reclamação disciplinar aberta contra ele pelo Dias Toffoli na corregedoria nacional do MP, após manifestação de Diogo publicada no site "O Antagonista".

Enquanto Moro tenta criar uma cortina de fumaça sobre um hacker que nunca existiu, internamente começa uma nova "caça as bruxas" dentro da lava-jato, onde todos começam a desconfiar uns dos outros numa avalanche que ninguém sabe onde vai terminar.

Até o momento o vazamento prejudicou somente as principais figuras da operação, porém não vazou nenhuma mensagem dos irmãos Diogo
e Rodrigo, justamente os que faziam o "serviço sujo" através das delações premiadas e eram o "elo frágil" que já estava prestes a ser fritado.

Fontes:

https://www.conjur.com.br/2019-abr-14/cnmp-abre-reclamacao-disciplinar-diogo-castor-mattos

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/03/raquel-dodge-abre-crise-com-procuradores-depois-de-enquadrar-lava-jato.shtml

https://apublica.org/2018/05/de-cada-lado-do-balcao-um-castor-de-mattos/

Tudo em família: procurador que poderia rever a Lava Jato é primo de um dos acusadores

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/tudo-em-familia-procurador-que-poderia-rever-a-lava-jato-e-primo-de-um-dos-acusadores-de-lula-por-joaquim-de-carvalho/

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/filha-do-presidente-do-stj-ataca-procurador-da-lava-jato-moleque-inconsequente/

https://www.conjur.com.br/2019-jun-13/defesa-lula-alega-suspeicao-procurador-denunciou

https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI299813,101048-Procurador+Diogo+Castor+de+Mattos+sai+da+forcatarefa+da+Lava+Jato

https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2019/04/06/procurador-diogo-castor-pede-desligamento-da-forca-tarefa-da-lava-jato.ghtml

https://contraponto.jor.br/procurador-diogo-castor-se-afasta-da-lava-jato/

Mais uma cortesia do sempre cortês Ailton Medeiros

domingo, 12 de maio de 2019

Reinaldo X Olavo

https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/o-triste-fim-de-olavo-de-carvalho-de-maos-dadas-com-o-pt-tambem-o-mascate-da-paranoia-ataca-o-impeachment/amp/?__twitter_impression=true

sexta-feira, 26 de abril de 2019

A vaidade do filósofo


Um velho amigo escreveu esse texto que é muito esclarecedor sobre a guerrilha olavista na Internet contra o General Mourão.

O filósofo é muito vaidoso e se vale da intriga e da fofoca para atacar seus desafetos.

Uma boa leitura a todos.

o presidente Jair Messias Bolsonaro precisa vir a público, em rede nacional, esclarecer ao povo brasileiro sobre as fofocas internas e externas falando de intrigas entre ele e seu vice-presidente, bem como as de entre seguidores de Olavo e militares. Essa coisa toda está tomando proporções inimagináveis e precisa ser estancada. Não há a menor possibilidade de investimentos externos no país, bem como a de que empresários brasileiros apostem nisso aqui, com a situação de insegurança institucional que está sendo construída e mantida. Não se trata de pauta conservadora versus progressista coisa nenhuma. A questão é a de governabilidade mesmo.

Essa briga entre Olavo e Mourão começou bem antes das eleições, quando Olavo fez um vídeo chamando o general de traidor, porque supunha que sua filiação ao PRTB tivesse a ver com candidatura à presidência, vindo a concorrer, pois, com Bolsonaro. Desculpou-se depois, ao ver as inúmeras declarações de Mourão de que jamais viria como candidato à presidência, enquanto Bolsonaro estivesse na disputa. Mais tarde, com a impossibilidade de o general Heleno assumir a candidatura a vice, na chapa de Bolsonaro, surgiu a disputa pela vaga. Venceu Mourão – escolhido pessoalmente pelo presidente, como este mesmo revelou depois do pleito em que foi eleito.

A campanha de achincalhamento de Mourão começou de verdade, depois das eleições, quando o vice-presidente fez declarações à imprensa sobre o aborto. Disse que, ao final, “cabe à mulher decidir”. Fizeram um verdadeiro escândalo! Chamaram Mourão de abortista e de traidor da pauta conservadora. Engraçado, porque Bolsonaro fez essa mesmíssima declaração, várias vezes, inclusive durante a campanha presidencial do ano passado (veja no final desse artigo os links). Escândalo? Nenhum. Silêncio ensurdecedor. Pior do que isso: nenhum defensor da tal pauta conservadora que elegeu Bolsonaro teve a honestidade de colocar estas declarações de Bolsonaro, idênticas às do vice, para falar sobre o episódio. Mourão não é abortista coisa nenhuma, bem como Bolsonaro. Nunca defenderam tal pauta. Ambos, ao se referirem à decisão das mulheres, o fizeram com base na realidade dos fatos, sem entrar em mérito de valores.

Depois jogaram pedras em Mourão por ter mantido encontros com árabes muçulmanos, dentro de sua agenda. Bolsonaro estava em viagem, fora do país. Na ocasião, questionado sobre resoluções a respeito da transferência da embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém, Mourão disse que não havia nada oficialmente decidido e que a decisão final sobre o assunto caberia ao presidente Bolsonaro. Ignoraram as falas do vice completamente. A turma da pauta conservadora esbravejava que Mourão era um traidor por se encontrar com muçulmanos, que era contra a transferência da embaixada, que era um desafiador do presidente etc. Pois bem, semanas depois, o presidente Bolsonaro teve os mesmos encontros, só que mais efusivos quanto à amizade e às boas relações que mantemos historicamente com os povos árabes. Falou sobre a não transferência da embaixada, por enquanto. Protestos da turma da pauta? Absolutamente nenhum. Espiral do silêncio. Nada.

Em seguida, a questão da Venezuela. Uma comitiva brasileira foi enviada à Colômbia para lidar com o caso de ajuda humanitária. Equipe uníssona. Um repórter perguntou, propositadamente, é claro, sobre a situação da população da Venezuela, refém de um governo tirano e desarmada. Mourão declarou que, NAQUELA SITUAÇÃO, era bom o fato de estar desarmada, para que não houvesse uma guerra civil sangrenta. Sim, tão somente naquela situação. Não, ele não falou sobre se a população sempre estivesse armada não chegaria àquela situação. Porque talvez não tivesse mesmo chegado. Mas, hoje, na atual circunstância, se viesse a estar repentinamente armada, seria a desculpa ideal para que Maduro terminasse de massacrar mais ainda a população, com risco de termos um Vietnã aqui na América Latina. O que ocorre na Venezuela é o resultado do que já sabemos sobre a esquerdização da AL. Os dois últimos governantes do Brasil tiveram boa parcela de culpa no que lá ocorre hoje. Não está sendo fácil resolver. Mas, isso é outro assunto. O fato é que, para o pessoal da pauta conservadora, nosso vice-presidente passou a ser rotulado de desarmamentista, quando já cansou de defender o direito de defesa dos brasileiros inúmeras vezes. Incontáveis vezes. Quem insiste em dizer isso, sabe que está mentindo.

Teve mais. Uma atrás da outra. A seguinte foi a fala do general Mourão em evento na Universidade Harvard. Impecável, isso sim, foi a palestra do vice-presidente. Exaltou o presidente Bolsonaro e seu governo, além de desfazer a péssima impressão sobre nosso país que a esquerda fez o favor de divulgar lá fora. Na fase de perguntas, um senhor da plateia fez um questionamento sobre a diferença entre Mourão e o presidente militar Ernesto Geisel, ao que o vice-presidente respondeu, ‘na lata’: “eu fui eleito, Geisel não”. Foi aplaudido de pé. Não deu nem para terminar de falar. Menos de dez minutos depois da transmissão ao vivo desse evento, já havia nas redes gente dizendo que Mourão teria desmoralizado os governos militares ao dizer que não foram eleitos e que, portanto, os tinha como ditaduras. Ora, tenham a santa paciência... É óbvio, evidente, que Mourão estava falando de votos diretos – de 57 milhões de eleitores. Além de já ter defendido o regime diversas vezes.

Agora, sobre essa mesma conferência, jogaram nas redes sociais um panfleto que alegam ter estado circulando nas mãos de estudantes de Harvard, convidando para o evento. No tal panfleto, estaria implícito que Mourão era formidável e Bolsonaro um horror. Espalharam por aqui que o tal panfleto se tratava de convite oficial e que Mourão teria aceitado deliberadamente, apesar da comparação com o presidente. Ora, ora, ora... Bolsonaro foi quem autorizou o comparecimento de Mourão ao evento, mediante um outro convite oficial. Isso é óbvio! Nosso vice foi lá e se saiu muito bem, exaltando a figura do próprio Bolsonaro.

Também criaram polêmica com uma ‘curtida’ que o perfil do Twitter do general Mourão teria dado num tweet da jornalista Raquel Sherazade, no qual a mesma tecia elogios ao vice, mas que, no final, o comparava pejorativamente ao presidente. Não foi Mourão quem curtiu o tweet e sim o administrador da conta, distraidamente. Alertado pelo público e pelo próprio Mourão, logo depois, o tal tweet foi ‘descurtido’. Mas, a turma da guerrilha anti Mourão continua, até hoje, falando no assunto, sem mencionar a ‘descurtida’. 

Citados aqui foram os principais episódios, para que se pudesse ter a noção de como fatos e falas têm sido distorcidos e/ou omitidos, em nome de uma campanha para difamar o vice-presidente e outros militares que estão no governo. Sim, pelo nível intelectual dos criadores de tais distorções, o problema está bem longe de ser simplesmente cognitivo. Isso está sendo feito, deliberadamente. Tem alvos determinados e pratica bem o que temos visto a esquerda fazer por aqui, há anos. O método é o mesmo. Já vimos esse filme.

O presidente Jair Bolsonaro já enviou duas mensagens, pelo porta-voz do governo, pedindo que cessem as ofensas entre os dois lados. Ontem, entretanto, o próprio filho de Bolsonaro foi o principal veiculador de ataques ao general Mourão. Situação difícil para o presidente que, é claro, sempre será pai de Carlos Bolsonaro.

Se alguém ainda não percebeu, podemos tentar mostrar algo aqui. O presidente Bolsonaro não está mais em campanha. Quase não fala mais diretamente com a imprensa. Quem foi elencado para isso foi o porta-voz da presidência e o general Mourão, a quem também foi dada a incumbência de lidar com as questões mais polêmicas, delimitando atritos. Mourão tem desempenhado esse papel com maestria - tem segurado bastante a animosidade da imprensa com o governo, bem como a de boa parte da oposição. Ao contrário do que se esperaria, caso vivêssemos a normalidade, é a própria autointitulada parte mais intelectualizada da direita que tem feito uma oposição mais agressiva - só que direcionada ao vice-presidente e aos militares. Bem, na verdade, quem não entende muito de guerra psicológica é que não esperava que alguma coisa assim fosse acontecer - já havia sinais anteriores à eleição que davam algumas pistas.

A questão principal aqui é a de que há um projeto bem definido de desenvolvimento para o Brasil que, junto com os EUA e Israel, faria parte fundamental do bloco Ocidental de poder, em oposição ao Oriental eurasiano, na luta pelo resgate civilizacional. Tudo de ruim que está acontecendo aqui tem o dedo fantástico de globalistas antiocidentais, quer estejam explícitos ou não. É um jogo de xadrez bem complicado. Encontrar uma chance de tentar destruir aqueles que estão de fato construindo os pilares desta reação de resgate ocidental é um trunfo indispensável aos nossos inimigos. Sejam os operadores que estejam por trás desta chance quem forem. É preciso tentar compreender minimamente este cenário.

Fico por aqui, porque não convém, ainda, discorrer sobre outras obviedades que vêm se revelando no cenário atual.

Matérias de Bolsonaro sobre aborto:

https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/homem-nao-deve-intervir-na-decisao-da-mulher-sobre-aborto-diz-bolsonaro-f16ew51wx74pvuz78xowem8u7/

https://www.semprefamilia.com.br/o-que-jair-bolsonaro-pensa-sobre-religiao-aborto-e-casamento-gay/

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/08/homem-nao-deve-intervir-na-decisao-da-mulher-sobre-aborto-diz-bolsonaro.shtml

sábado, 13 de abril de 2019

O que Bolsonaro e sua equipe estão fazendo.

*VEJAM O QUE O GOVERNO VEM FAZENDO, DESDE QUE BOLSONARO E SUA EQUIPE ASSUMIRAM:*
🇧🇷 Corte mais de 10 bilhões de publicidade estatal
🇧🇷 Aumento de investimento em matriz ferroviária
🇧🇷 Corte de verba de 300MM MKT da CAIXA e BB
🇧🇷 Projeto para diminuição do preço da CNH
🇧🇷 Leilão da ferrovia norte-sul.
🇧🇷 Corte de verba MKT 3 BI da Petrobrás
🇧🇷 Concessão rodoviária: Integração Sul
🇧🇷 Criação do PRÓSUL com principais paises sulamericanos.
🇧🇷 Conclusão próxima do São Francisco
🇧🇷 Sistema de registro cultivares da agricultura
🇧🇷 Ação de combate a crianças desaparecidas.
🇧🇷 Fim dos beneficios da lei Rouanet
🇧🇷 Extinção de 21 mil cargos comissionados
🇧🇷 Leilão de novas portuárias: Rendimento previsto de 700MM.
🇧🇷 Parceria Israelense: Watergen de água potável
🇧🇷 Priorização em término de hospitais do Macapá
🇧🇷 SENAD articula acordo internacional no combate às drogas.
🇧🇷 Sergio Moro envia apoio militar para o Ceará
🇧🇷 Inicio da Lava-jato da educação
🇧🇷 Decreto Promulga a Convenção da Haia sobre Citação.
🇧🇷 Flexibilização da posse de arma
🇧🇷 Leilão de 6 áreas portuárias do Pará
🇧🇷 Projeto de lei para cobrança de dívida ativa.
🇧🇷 "Mais Médicos" com médicos 100% brasileiros
🇧🇷 Investimento de 16,5 bilhões no porto do Açu
🇧🇷 Investimento de 1,7 milhões em esporte paraolímpico.
🇧🇷 Ajuda inédita de Israel em para brumadinho
🇧🇷 Portaria: Dessalinização da água do nordeste
🇧🇷 Conclusão de obras do aeroporto de Montes Claros.
🇧🇷 Recordes sucessivos na bolsa de valores
🇧🇷 Inauguração de Estação de Telecom na Antartica
🇧🇷 EUA envia inspeção de carnes para aumento de compras.
🇧🇷 Desburocrátização e simplificação de documentos
🇧🇷 Novo recorde histórico na Bolsa 13/03/19
🇧🇷 211.000 postos de trabalho criados nos primeiros 60 dias.
🇧🇷 14 Milhões em recursos para defesa civil de diversos estados.
🇧🇷 Crescimento na Safra da produção de milho
🇧🇷 Recuperação relampago da BR-235 pelo DNIT
🇧🇷 Recuperação da BR 163
🇧🇷 Dia das privatizações dos aeroportos: Bem sucedido
🇧🇷 Bolsonaro emite decreto que ordena somente ficha limpa em cargos
🇧🇷 Bloqueio de 44 milhões: projeto de criptomoeda indígena
🇧🇷 Novo recorde histórico na Bolsa 15/03/19
🇧🇷 Resultado do Leilão da ferrovia: 2,8 BILHÕES.
🇧🇷 200 toneladas de alimentos à Venezuela
🇧🇷 UNA-SUS: curso Saúde das Populações do Campo
🇧🇷 Demitiu o presidente da EMBRATUR por dar um jantar de R$ 290 mil
🇧🇷 Fiscalização de 142 barragens
🇧🇷 Cidadania: Investimento de 413 milhões infraestrutura esportiva
🇧🇷 Economia: Proposta para redução de imposto empresarial.
🇧🇷 Mais de 12 Concessões aéroportuárias
🇧🇷 Justiça: Lançamento de plataforma de estatística inédita
🇧🇷 Presidente cancela 8.000 instalação de 8.000 radares.
🇧🇷 Investimento de 3 milhões em agricultura Familiar
🇧🇷 Meio Ambiente: Concessão dos serviço do PQ, Itatiaia.
🇧🇷 Presidente assina 6 acordos comerciais em Israel
🇧🇷 Projeto de Rota de escoamento de grãos
🇧🇷 Confirmação do pagamento do 13° do BOLSA FAMILIA
🇧🇷 Escritório comercial será instalado em Israel
🇧🇷 Inicio da Desarticulação do PCC
🇧🇷Projeto de redução de pesca para incentivo ao turismo.
🇧🇷 Desenvolvimento: Novos leilões portuários agendados
🇧🇷 Apresentação da Reforma da previdência
🇧🇷 Vistos liberados para 4 países para aumentar o turismo
🇧🇷 Teste de documento eletrônico no transporte de cargas
🇧🇷 Apresentação do Pacote anticrime
🇧🇷 Novo recorde na Bolsa no dia 18/03 atingindo 100 mil pontos
🇧🇷 Drones para FAB em levantamento topográfico
🇧🇷 Programa de agricultura familiar
🇧🇷 Acordo com EUA para base de Alcantará
🇧🇷 Saúde: ações para reorganizar a Atenção Básica
🇧🇷 Homeschooling: Projeto de ensino familiar
🇧🇷 Acordo de livre comércio de veículos Brasil e México
🇧🇷 Justiça: 1 tonelada de drogas apreendidas na fronteira pela PF
🇧🇷 Petrobrás: Investimento em esporte infantil
🇧🇷 Trump Anuncia apoia para incluir Brasil no OCDE
🇧🇷 Compra de 5 milhões de produtos em agricultura familiar
🇧🇷 Energia: portaria 151/152 sobre concessão elétrica
🇧🇷 Apresentação da reforma dos militares

sexta-feira, 22 de março de 2019

Japonês ilegal

Já pensou você caminhando na rua e se depara com uma banca de camelô e um japonês legítimo, do Japão, imigrante ilegal, gritando que na mão dele é mais barato?

Por falar nisso, como é que se diz "la garantia soy yo" em japonês?

Paz institucional

Há quem defenda a paz instiitucional para resolver os problemas do país.

Nada disso.

Não gostava dele, mas concordo com o Boechat que este país só sai do lugar quando os poderes brigam entre si.

Governador do DF vê reforma da Previdência mais difícil https://t.co/chleAl1EI0

Bloqueio

O Twitter tem a função bloquear, que nos isola daqueles que nos incomodam.

Isso é fantástico.

A vida real devia ter um botãozinho que a gente pudesse apertar e fizesse a mesma coisa.

Solta o Temer

O Temer roubou mas não pode prender ele, não.

O mercado fica nervoso e a bolsa cai.

Já aconteceu comigo. Fiquei nervoso, a bolsa estourou, fomos pro hospital e o menino nasceu.

Já pensou se o Brasil tem que passar por isso?

Solta o Temer pro UOL ficar mais calminho, solta.

Notícias

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) comunicou que a Empiricus não tem autorização para analisar investimentos. O aviso da CVM veio ao mesmo tempo em que o Procon-SP notificou a empresa e pediu esclarecimentos sobre a peça publicitária com a Betina Rudolph.

Dispensa de visto aumenta interesse por Brasil. A plataforma de viagens Kayak verificou que crescimento do interesse por australianos(36%), Canadenses (31%), americanos (19%) e Japoneses (4%)

Remédios devem ficar até 4,3% mais caros. Essa é a estimativa do Sindusfarma. O aumento está acima da inflação oficial de 2018, que, segundo o IPCA, fechou o ano em 3,75%. A disparidade é para repor os custos devido à alta do dólar.

Temer Junto

- Alô, Bretas, aqui é o Moro.
- Diz aí, meu chegado, o que tá pegando?
- Pô, o Maia me xingou, cara. Sacanagem!
- Deixa comigo, Moro. Vou pegar o sogro dele amanhã e ainda levo o Temer junto.
- Não ouvi. Você disse que tamo junto?
- Não, o Temer junto.
- O que? Bretas? Alô, alô?

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

O TEATRO DE GUERRA DE BOLSONARO - Paulo Emendabili Souza Barros de Carvalhosa – 04/01/2019.

O TEATRO DE GUERRA DE BOLSONARO

Existem aqueles que acreditam em guerras ditas “parciais”, “limitadas”, e até românticas. Só acredita nisto quem nunca esteve num cenário de guerra, convencional ou guerrilheira. Só ama a guerra quem nunca esteve em uma.

A esclarecer e ilustrar o que escreverei a seguir, sobre estes tempos contemporâneos sugiro, para quem tem familiaridade com o idioma Italiano, que assista pelo Youtube a recente entrevista concedida pelo Gen. Fabio Mini, à jornalista Margherita Furlan, intitulada "Che guerra sarà” (Que guerra será).

Mini foi comandante geral da OTAN – Sul nos anos 1970. A certo ponto da entrevista afirma que nos cenários de guerra elaborados pelos comandos da OTAN, em 1975, portanto antes da queda do muro de Berlim, ainda em tempos do Pacto de Varsóvia (bloco militar da ex-URSS, hoje Federação Russa), aventou-se à hipótese da própria OTAN bombardear nuclearmente a cidade italiana de Udine para bloquear o eventual avanço de tropas soviéticas em território italiano.

Mini, comandante italiano, notou, quando da explanação do plano de parte de outros comandantes, especialmente o belga e o alemão, a absoluta frieza destes quando se estimou a morte instantânea de mais de 300 mil cidadãos e cidadãs, crianças, mulheres, homens e velhos, com a propagação da nuvem nuclear radioativa até Milão e toda Lombardia, para Oeste, e a ainda Iugoslávia, a Leste, a Áustria, à Norte, e os territórios da Itália Central, a Sul, matando lentamente centenas de milhares de pessoas nos momentos mediatos do ataque.

Ressaltou Mini, então, ter percebido neste momento que o alvo civil passou a ser também prioritário para se atingir objetivo militar. Não somente atingir plataformas de lançamento, radares, aeroportos e portos militares, ou ferrovias, usinas elétricas, refinarias de petróleo e fábricas de armamentos vários, mas usar da população civil, inclusive própria, de um país aliado, como meio e estratégia de guerra, no caso de invasão pelo inimigo.

Concluiu Mini, para o manifesto espanto mudo e boquiaberto da sua entrevistadora, que as forças militares antepostas e contemporâneas tem por princípio basilar o uso de TODOS os meios e recursos militares, inclusive nucleares, biológicos e químicos, em caso de deflagrado conflito, para ou vencer e aniquilar o inimigo, mesmo sofrendo perdas ingentes, ou contê-lo enquanto se espera melhor estratégia e meios de ataque e de resposta, ou simplesmente se aniquilarem mutuamente, se necessário.

Evidente que este cenário é maximamente evitado pelas chamadas superpotências militares atuais, caso do EUA, Rússia e China, além de França, Inglaterra e Israel, que sabem nunca dever se enfrentarem mutuamente, preferindo-se sempre o combate indireto, travado por interpostos países em território estrangeiro, em caso de conflito de interesses, tanto por recursos, como geoestratégicos, caso da Síria, exemplificativamente, nos nossos dias atuais.

Sabe-se que a política externa do PT, durante 13 anos, aproximou o Brasil de ditaduras latino-americanas fomentadas pelo PT e pelo Foro de São Paulo, além de perfilar o Brasil com os interesses russos, caso do Irã, apoiando regimes como os da Coreia do Norte, Cuba, Nicarágua, Bolívia, Equador e, sobretudo, Venezuela.

Ocorre que a Rússia (além da China) colocou bilhões de dólares na extenuada economia venezuelana, e recentemente colocou mais 6 bilhões, sabidamente a fundo perdido, pois que a Venezuela não vem pagando ninguém, visto estar tecnicamente em default, sendo que a China, por múltiplas razões, que demandariam outro post para explanar, vem progressivamente se retirando desta constante “ajuda” à Venezuela, deixando para a Rússia o “encargo” de permanecer no teatro caribenho.

A Venezuela, por sua vez, se aproximou do regime norte-coreano, do Irã, e muito da Rússia, a qual vê na Venezuela não somente uma fornecedora de torneira aberta de petróleo, mas uma imensa base militar de ataque aos EUA, antepondo-se às bases militares dos EUA no Leste Europeu, com mísseis apontados para Moscou, afora as bases militares sediadas na Ásia, capazes de atingir território russo.

Dada a enorme e impagável dívida que a Venezuela contraiu com a Rússia, e no desespero de manter-se no poder o servo Nicolás Maduro à frente da narcoditadura venezuelana, a Rússia de Putin impôs à Venezuela de Maduro a cessão da ilha caribenha Orchila, situada a 200 Km de Caracas, na qual está montando uma base militar russa, visto contar com uma pista de decolagem e aterrisagem para os seis Tupolev TU 160, capazes, cada qual, de carregarem 40 toneladas de armamento, sobretudo nuclear, com autonomia de 12 mil Km de voo...

Evidente que estes aviões tem a capacidade de ataque rápido e letal em qualquer ponto do território norte-americano, afora o uso eventual do míssil nuclear hipersônico Avangard, invisível para os radares americanos (o que representa a ameaça mais séria aos EUA desde os tempos da crise dos mísseis de Cuba), valendo destacar que, para os EUA, tornou-se muito mais difícil proteger a sua costa Oeste, a do Oceano Pacífico, sendo que em caso de ataque coordenado, este viria da Venezuela, pelo Sul, e da Rússia, via Alasca e Costa Oeste, tornando a Europa inteira o campo de batalha natural para aniquilar aliados dos EUA, dominando o Mediterrâneo, para se chegar à Costa Leste por esta via.

Para entornar mais o caldo, a Rússia municiou a Venezuela com o sistema de defesa antiaérea S 400, o melhor do mundo, sendo que abrirá este ano em território venezuelano uma fábrica de produção de fuzis Kalashnikov, sendo que a empresa exportadora de armas russa, a Rosoboronexport, exportará o seu avançado sistema de defesa antimísseis S-400 à Turquia neste ano.

Não é necessário ser nenhum Bismark para intuir de pronto que o Brasil se tornou alvo, enquanto aliado dos EUA e hostil à Venezuela, das forças coordenadas russas e venezuelanas sediadas e se sediando progressivamente no país caribenho, o que nos coloca, junto com a Colômbia, no centro do teatro de guerra indireta possível e para breve entre EUA e Rússia.

Não escrevo “ataque”, mas “alvo”, porque o Brasil, com o sistema S 400 russo-venezuelano, tem a sua Aeronáutica absolutamente ineficaz no apoio de tropas em terra, que teriam de avançar sozinhas, expondo-se ao aniquilamento, enquanto os bombardeios TU 160 penetrariam em território brasileiro para bombardearem Itaipu e Belo Monte, refinarias de petróleo, portos, aeroportos, radares e bases militares, enquanto as tropas norte-americanas se concentrariam em defender seu território e anular a base insular russa de Orchila.

Também não é necessário ser nenhum Caxias para pressupor uma forte escalada militar na América do Sul, especialmente no Brasil e na Colômbia.

Um passarinho verde veio piar na minha janela e outro, uma harpia brasileira pousada em território dos EUA, dentro da indústria bélica aeronáutica, pousando no meu terraço, contaram que Pompeu pedirá a Bolsonaro a instalação de uma base militar no Brasil, provavelmente em Roraima, armando-a, além de transferir equipamentos, meios e tecnologia para as Forças Armadas brasileiras como nunca d’antes, em resposta ao avanço russo na América do Sul, e que Bolsonaro tende a aceitar a proposta ianque.

Pois é. Ao que parece, a cobra vai fumar de novo, enquanto por aqui se discute a cor das roupas infantis...

Paulo Emendabili Souza Barros de Carvalhosa – 04/01/2019.