quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Você não imagina ...

Uma petista caiu dura no chão e foi pro céu.
Chegando lá encontrou com Deus que imediatamente reconheceu o erro:
- Ih, minha filha, não era a sua hora! Houve um engano, vou te mandar de volta.
- Que bela surpresa, companheiro Deus! 
Mas, antes de ir, o Senhor poderia me tirar uma dúvida?
- Claro, é o mínimo que eu posso fazer para reparar esse equívoco.
- O Lula é mesmo culpado por corrupção?
- É sim, minha filha! Alma mais suja não há.
Ressuscitada, a petista liga para a colega:
- Companheira, tenho novidades escandalosas!
- O que houve?
- Você não imagina quem a Globo comprou!

Crime ou guerrilha?




Meus amigos.

A maior parte das pessoas com quem converso concorda comigo que o problema do Rio de Janeiro não se restringe a um tema de segurança pública, mas que assume ares de guerrilha urbana, o que exige medidas acima da capacidade das forças policiais.

Esse entendimento parece não ter chegado às salas de redação da grande imprensa. É o que se vê nesse editorial do Estado de São Paulo.

É de se perguntar se o editorialista realmente imagina que uma casa vizinha a uma boca de fumo, no alto de uma favela, é apenas um lar normal ou se é um provável local de abrigo de traficantes fortemente armados.

Será que o Estado de São Paulo ignora que os traficantes cariocas impedem a entrada do aparato estatal no território que dominam? Duvido.

No início da manhã de ontem, o Secretário de Segurança Pública do Espírito Santo deu uma excelente entrevista no Jornal da CBN, explicando a finalidade dos mandados coletivos. Vale a pena tomar conhecimento do teor do que foi dito por aquela autoridade.



Por fim, transcrevo a seguir o editorial do Estado de São Paulo.


IDEIAS PERIGOSAS

O ESTADO DE S. PAULO.

21/02/2018

O desejo de acabar com o crime no Rio não pode atropelar direitos e garantias dos cidadãos. O caráter improvisado da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro permite que ideias desarrazoadas e até perigosas prosperem. Diante da legítima preocupação do Exército com a falta de segurança jurídica para atuar em zonas urbanas, algo que deveria ter sido discutido muito antes da decretação da intervenção, o Ministério da Defesa cogitou a possibilidade de requerer da Justiça mandados coletivos de busca e apreensão nas áreas em que os militares deverão atuar. 


Mandados coletivos  não definem qual é o domicílio a ser vasculhado – pode ser qualquer um no raio determinado pela ordem judicial. Portanto, parte-se do pressuposto de que todos os moradores daquela área são suspeitos de crimes, e só deixarão de sê-lo depois que as forças de segurança vistoriarem suas casas e constatarem que não têm armas ou drogas nem acobertam criminosos. 


Não se sabe se o governo vai mesmo levar adiante tamanho despautério – ontem, já circulavam informações de que as autoridades federais estavam propensas a desistir da iniciativa. No entanto, somente o fato de que se aventou essa possibilidade a sério, com enfático apoio público do Ministério da Defesa, dá a dimensão do desatino que parece governar uma parte dos envolvidos na gravíssima decisão de intervir na segurança pública do Rio de Janeiro. Medidas de claro recorte autoritário como essa podem até ganhar a simpatia de uma parte considerável dos moradores do Rio de Janeiro, desejosos de que haja firmeza, rapidez e eficiência no combate à criminalidade que assola o Estado. 


No entanto, o desejo de acabar com o crime não pode atropelar os direitos e garantias dos cidadãos – a não ser que se esteja a falar de estado de defesa ou de estado de sítio, quando alguns desses direitos são parcialmente suspensos, o que obviamente não é o caso do Rio de Janeiro. 


O combate à criminalidade jamais será bem-sucedido se estiver assentado na violação da lei. Não é assim, contudo, que pensam algumas das autoridades. Para o ministro da Defesa, Raul Jungmann, por exemplo, “os mandados coletivos de busca e apreensão são essenciais” e tal instrumento “já foi empregado outras vezes no Rio de Janeiro”. De fato, a Justiça já expediu mandados desse tipo em algumas operações policiais no Rio, como em 2014, para buscas em favelas do Complexo da Maré, e, em 2002, para prender o traficante Elias Maluco no Complexo do Alemão. 


Nem é preciso dizer que dois erros não fazem um acerto. Se as autoridades executivas e judiciárias colaboraram no passado para violar garantias constitucionais em nome da segurança pública, isso não torna legítimo que se volte a fazer o mesmo agora. Um exame rápido da questão deveria bastar para que o bom senso prevalecesse e a ideia fosse imediatamente abandonada, por sua cristalina inconstitucionalidade. 


Um mandado de busca e apreensão deve determinar nominalmente o sujeito a quem se dirige e as suspeitas que lhe serviram de motivação.  Ora, se assim não fosse, a garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio estaria arruinada, pois as autoridades policiais poderiam entrar em qualquer residência na área estabelecida pelo mandado. 


Compreende-se a preocupação das Forças Armadas com as implicações legais, para seus homens, do envolvimento em operações contra criminosos nas favelas cariocas. Mas esse problema não se resolverá sacrificando-se a lei, permitindo que se invadam casas aleatoriamente ou até mesmo que soldados tenham licença para matar suspeitos. O fato é que o emprego de militares em missões de segurança pública e combate à criminalidade já se comprovou inócuo justamente, entre outras razões, porque essa força não pode ter caráter policial, salvo em caso de esgotamento dos instrumentos destinados à preservação da ordem pública. 


Se esse é o caso do Rio de Janeiro, trata-se de questão controvertida. A única certeza que se tem em todo esse imbróglio é que a essência do problema fluminense – o colapso do Estado, carcomido pela corrupção – permanecerá intocada. 

domingo, 18 de fevereiro de 2018

A PONTE DO BRAGUETO É SEGURA

SOBRE AS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E DESEMPENHO DA ESTRUTURA DA PONTE DO BRAGUETO, em
Brasília- DF...
Fevereiro-2018.

É possível afirmar que, no momento e com as condições atuais de uso e de conservação, a PONTE DO BRAGUETO é SEGURA  para USO, não apresentando riscos para os usuários:

Isso pode ser constatado e confirmado pelas considerações abaixo:

A Ponte foi inspecionada neste sábado (10/02/2018), por uma comissão composta por especialistas em estruturas, segurança estrutural e recuperação de estruturas civis:

> Por Professores da área de estruturas do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília - UnB

> Técnicos especialistas em estruturas da Novacap

> Técnicos especialistas em estruturas do DER/DF

> Prof. Márcio Buzar, Diretor Geral do DER/DF, Mestre e Doutor em Engenharia Estrutural, pela UnB, com larga experiência em projetos, execução e recuperação de estruturas.

A visita de Inspeção,  além de outras verificações técnicas,  compreendeu, basicamente, dos seguintes itens:

1) Inspeção no interior da Ponte, através dos pontos de visita;

2) Inspeção dos pilares, inclusive aqueles que se encontram dentro do Lago;

3) Inspeção das vigas principais de sustentação da ponte, inclusive nos vãos centrais de 50m e 60m;

As conclusões iniciais são as seguintes:

a) Os elementos estruturais que compõem o sistema estrutural resistente (longarinas, transversinas sobre os pilares e os pilares) não apresentam patologia estrutural significativa. Esses elementos estruturais, fundamentais para a resistência e estabilidade global da Ponte, podem ser considerados preservados

b) Os cabos de protensão do concreto protendido (técnica adotada no projeto e na execução) não apresentam evidências de relaxação ou corrosão. As armaduras passivas também não apresentam sinais visíveis de corrosão; Posteriormente, serão utilizadas técnicas mais precisas para a verificações de patologias, eventualmente, não detectadas na inspeção.

c) Nenhum ponto inspecionado apresentou problema estrutural que possa afetar a segurança da Ponte;

d) Foi medido o deslocamento vertical no  vão central de 60m, com utilização de um instrumento a laser. A flecha relativa estimada foi de L/460 (onde, L=vão de 60m). Isso significa que a Ponte apresenta um comportamento adequado no que se refere aos deslocamentos verificados. Isso é um bom indicador para a segurança da estrutura.

e) Durante a inspeção das vigas principais da estrutura, mesmo com a Ponte em uso, não foram percebidas vibrações que possam incomodar os usuários, outro bom indicador da segurança da Ponte.

f) As aberturas existentes na laje inferior da Ponte não são preocupantes. Isso porque a laje não faz parte do sistema estrutural resistente. Apesar disso, a recuperação dessas aberturas já foi iniciada na tarde deste sábado (10/02/2018).

g) Essas aberturas são provocadas pelo choque de veículos, que não obedecem o gabarito de 4 m (quatro metros) sob a Ponte. O que mesmo com a existência de sinalização indicativa para esse fim.

i) Para evitar tais danos serão instaladas barreiras sonoras e físicas que impedirão o choque de veículos com alturas superiores ao gabarito de 4 m da Ponte.

Portanto, é possível afirmar que, no momento e com as atuais condições de uso e de conservação, a PONTE DO BRAGUETO pode ser CONSIDERADA SEGURA.

Prof. Dr Márcio Buzar.
Diretor Geral do DER-DF

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

SOMOS TODOS IRMÃOS...MENOS SE VOCÊ FOR PRODUTOR RURAL!

SOMOS TODOS IRMÃOS...MENOS SE VOCÊ FOR PRODUTOR RURAL!

Existem duas coisas com as quais sempre se pode contar a cada ano: em dezembro, tem show do Roberto Carlos na Globo. Em fevereiro, tem mais uma Campanha da Fraternidade com temática esquerdista, panfletária e avessa à realidade dos fatos, sendo promovida pela Igreja Católica no Brasil. A partir desta quaresma, a liturgia das missas em todas as paróquias do país tratará do tema “Fraternidade e Superação da Violência”, com o lema “Em Cristo Somos Todos Irmãos”. Trata-se, sem dúvida, de uma Verdade da Fé, mas basta uma simples leitura do texto-base, enviado a todas as paróquias (e disponível no site da CNBB), para perceber que o conceito de fraternidade dos nossos bispos brasileiros é muito mais seletivo que parece.
O tema da violência é um dado explosivo da realidade brasileira e seguramente deverá pautar a campanha eleitoral deste ano. Os cidadãos estão acuados dentro das casas, e como bem comprova o exemplo de estados como o Rio de Janeiro e Espírito Santo, cidades inteiras vivem o clima do medo sob o controle do tráfico de drogas. No campo, o abigeato, o roubo de insumos agrícolas e a constante ameaça de invasões do MST aterrorizam as fazendas. Mas, longe de defender uma justiça mais rigorosa e uma legislação mais eficaz, nossos príncipes da Igreja vão na contramão dos anseios do povo brasileiro, defendendo a manutenção da maioridade pena e insinuando que a culpa da criminalidade é dos que “possuem mais do que precisam”, além de abraçar todas as teses daquilo que, no campo jurídico, vem sendo chamado de “Bandidolatria”: ênfase dos direitos humanos para os infratores, em vez das vítimas.
Mas a cereja do bolo, a indecência suprema, é quando o texto acusa claramente os produtores rurais, chamados de “elite rural brasileira”, de ser agentes da violência, “naturalizando a violência na proteção da propriedade privada e disseminando a ‘ideologia ruralista” (Trecho do texto base da Campnha da Fraternidade/2018, “Criminalização dos Movimentos Sociais e a Luta por Justiça). Ou seja, para a alta cúpula da Igreja Católica, violentos não são os militantes do MST quando invadem propriedades, carneiam animais, depredam as casas e fazem cativos os empregados das fazendas. Violentos são os produtores, na “proteção” de sua propriedade, ao fazer o que todo cidadão honesto faz quando agredido: recorrer à Justiça para reaver sua posse.
O produtor rural, ao contrário, é um cooperador na luta contra a violência social. É o alimento gerado pelo agronegócio que fez o Brasil se tornar um dos campeões mundiais na luta contra a fome, produzindo uma tonelada de alimentos por habitante, quando o padrão de segurança alimentar da FAO é de 250 kg de grãos por pessoa. Somos a nação do planeta que tem condições de resolver o drama da fome no mundo, um dos maiores geradores de conflitos sociais e guerras. Mas o vilão, o predador, segue sendo o produtor rural. Semana passada, uma carga de gado vivo ficou dias sob alto estresse no Porto de Santos por conta de uma liminar que quase impediu que a carne brasileira pudesse chegar à Turquia, matando a fome de refugiados do Estado Islâmico.
Como produtor rural, mas, sobretudo, como católico, filho de uma família que é católica desde sua origem lusitana, sinto tristeza em saber que, para alguns líderes da igreja a que pertenço, não sou mais que um pária social. Esta violência espiritual, praticada contra católicos que empreendem é uma das explicações pelas quais o Datafolha detectou que o rebanho católico no país, que em 1994 era de 75%, hoje é de apenas metade da população. Nada tem a culpar a CNBB às outras igrejas, quando ela própria expulsa o povo com uma pregação regressista e sepultada pela História.

Tarso Francisco Pires Teixeira
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel
Vice Presidente da Farsul