Algumas observações.
- Na primeira grande guerra, soldados traspassados por tiros no abdômem gritavam por suas mães antes de morrer.
- Às vésperas do ataque a Pearl Harbour, o Comando da Marinha Imperial cogitou permitir a quebra do silêncio radiofônico pelas aeronaves que fossem abatidas. Os pilotos japoneses protestaram. A vida de um indivíduo pouco valia diante dos destinos do Império; que deixassem os abatidos morrer dignamente em silêncio.
- O povo americano se opôs à entrada de seu país na segunda grande guerra até que o trauma do ataque japonês o impeliu ao conflito.
- Os alemães, derrotados e humilhados em 1918, elegeram Hitler, abraçaram o nazismo e permitiram o holocausto.
- Europeus desempregados protestam por falta de perspectivas. A crise econômica leva seus governantes a cortarem drasticamente os gastos públicos.
- O povo russo se redescobre grande e poderoso e apóia Putin; a mãe Rússia não permitirá o expansionismo da OTAN em suas fronteiras.
- Depois de anos de campanha no Iraque e Afeganistão, os soldados americanos retornam à sua casa menos dispostos a aceitar novos conflitos. Bin Laden está morto e o 11 de setembro está cada vez mais longe no passado.
- No deserto do Iraque, um grupo radical sunita captura centenas de soldados inimigos, os humilha e executa impiedosamente.
A história não acabou. Ela resulta da ação dos governantes, que, em maior ou menor grau, realizam os anseios de seus povos. A crise na Ucrânia reflete os interesses e valores de sociedades diferentes e antagônicas. Eu me pergunto se o pensamento liberal e democrático poderá algum dia prevalescer em todas partes do mundo. Os acontecimentos recentes gritam qu não.
Penso como os realistas, corrente das relações internacionais que prega que a "paz é apenas um período entre guerras". O que acontece é que as potências mundiais estão a disputar a dominância hegemônica no planeta, tentam ser a "hegemon", ou seja, uma potência que para ser derrotada necessitaria que todas as demais se unissem contra ela. Por aí se vê que os EUA são essa hegemon nos tempos hodiernos, uma "hiperpotência" que domina todos os âmbitos cultural, político, social, etc. Então os EUA entram em guerras e assumem a condição de "xerife da paz", mas, na verdade, ele apenas está assumindo os papéis de seus interesses no jogo concertado das forças profundas, como a mídia que advoga pelos seus interesses (os interesses do ocidente cristão contra os muçulmanos. Conforme Samuel P. Huntington, as guerras do pós-guerra fria serão entre civilizações - O choque de Civilizações). A guerra contra o terror é prova disso. As teorias de conspiração que apregoam o medo e o ódio (ideologizado pela religião, uma falácia, porque o interesse, na verdade, é escuso e perverso, eu desconheço, porém é a aplicação pura da teoria realista, a moral é inexistente e tampouco o direito acerca dos conflitos armados é respeitado, documentário interessante sobre o ex-ministro da defesa do governo Kennedy na guerra do Vietnã, Robert Strange Mcnamara ilustram bem isso, ele mesmo assume, em forma de indagação, que os EUA foram criminosos de guerra, "Sob a Névoa da Guerra” (Errol Morris, EUA, 2003)", mas só se tivessem perdido a segunda guerra). Devastaram o Japão, uma covardia! Hoje, a aplicação da teoria realista tem como resultado, crianças sírias órfãs, rejeitadas e abandonadas pelo mundo inteiro, porque seus familiares morreram no conflito entre os EUA e os Estados Islâmicos terroristas. Falar em direito humanitário internacional é uma piada nesse caso. Elas, as criancinhas, pagam pelo ódio contra os terroristas. Falácias encetadas pelos EUA. Com certeza, o terrorismo existe, mas ele também é bastante alimentado pelo medo norte-americano e sua mídia sensacionalista. Se duvidar, Osma Bin Laden nem está morto e pode ser tudo armação dos EUA para reeleger Obama. As Torres Gêmeas foram implodidas, há uma investigação independente e bem convincente em curso para demonstrar isso. Pode ser tudo armação do governo dos EUA, afim de que seu império seja mantido. A verdade há de ser revelada!
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