quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Política
O crime do Coronel teria sido o de acusar o Capitão José de Lima, ex-comandante da Companhia de Infantaria do Piauí e correligionário do deputado, de malversação de recursos públicos.
domingo, 1 de janeiro de 2012
Bolsa Família
Eu mantenho há muito tempo um banco de dados onde guardo as principais notícias publicadas pela imprensa. Embora desatualizado, considero valioso meu acervo de informações. Vejamos, então, esta notícia transcrita a seguir.
Publicado pela Revista IstoÉ, Edição 2189 e transcrito na Resenha do Exército
"Os emergentes do Bolsa Família"
Carlos José Marques, diretor editorial
Há um fenômeno recente que reforça a ideia de um avanço consistente de uma nova classe de consumidores brasileiros. O fenômeno está vinculado ao maior programa social do governo. Nos últimos tempos não parou de crescer o volume de pessoas que abandonaram o Bolsa Família, por vontade própria ou não. Pode parecer uma incongruência, mas a saída de participantes do programa – sem que isso signifique a diminuição do número de atendidos, dada a entrada de mais aspirantes ao benefício – está diretamente ligada à melhoria do poder de compra da população. Os brasileiros que deixaram de receber o valor pago pelo Estado o fizeram por não se enquadrar mais no teto de renda familiar previsto – que é de R$ 70 a R$ 140 mensais, por pessoa. Ultrapassaram esse limite. Melhoraram de vida, tiveram acesso ao mercado de trabalho e conquistaram outras fontes de recursos. Na ponta do lápis, saíram do programa, desde a sua criação em 2003, cerca de 2,227 milhões de famílias, em razão exclusivamente da subida de status social. A classe emergente dos que antes estavam na condição de miséria absoluta também coloca por terra outro mito que cercava o Bolsa Família: o de que era um programa meramente assistencialista, que acomodava os participantes na condição de sustentados pelo Estado, sem estimular sua ida para o setor produtivo. Os que evoluíram para a nova condição de ex-assistidos conseguiram o feito graças principalmente ao reajuste do salário mínimo em patamares bem acima da inflação – uma medida com impacto positivo nessa camada de renda, mas que em contrapartida provocou também um aumento considerável dos custos nos setores público e privado. Atualmente mais de 12 milhões de pessoas estão cobertas pelo Bolsa Família, o que representa a quase totalidade dos 16 milhões de brasileiros classificados abaixo da linha de indigência (com renda mensal per capita inferior a R$ 70). É um fator digno de nota. Os frutos do programa são inegáveis hoje. A experiência já serviu de modelo para outras partes do mundo. As críticas de que não vingaria dado o seu cunho demagógico caíram por terra após um trabalho sistemático de combate aos desvios e irregularidades. E, em grande medida, por conta da iniciativa, o País viveu uma alavancagem econômica com a chegada ao mercado de milhões de novos compradores.
Comentário: eu fui um crítico do Bolsa Família, mas hoje o considero como um catalisador na difícil reação para a ascenção dos mais pobres. Reconheço o mérito dos seus idealizadores.
Publicado pela Revista IstoÉ, Edição 2189 e transcrito na Resenha do Exército
"Os emergentes do Bolsa Família"
Carlos José Marques, diretor editorial
Há um fenômeno recente que reforça a ideia de um avanço consistente de uma nova classe de consumidores brasileiros. O fenômeno está vinculado ao maior programa social do governo. Nos últimos tempos não parou de crescer o volume de pessoas que abandonaram o Bolsa Família, por vontade própria ou não. Pode parecer uma incongruência, mas a saída de participantes do programa – sem que isso signifique a diminuição do número de atendidos, dada a entrada de mais aspirantes ao benefício – está diretamente ligada à melhoria do poder de compra da população. Os brasileiros que deixaram de receber o valor pago pelo Estado o fizeram por não se enquadrar mais no teto de renda familiar previsto – que é de R$ 70 a R$ 140 mensais, por pessoa. Ultrapassaram esse limite. Melhoraram de vida, tiveram acesso ao mercado de trabalho e conquistaram outras fontes de recursos. Na ponta do lápis, saíram do programa, desde a sua criação em 2003, cerca de 2,227 milhões de famílias, em razão exclusivamente da subida de status social. A classe emergente dos que antes estavam na condição de miséria absoluta também coloca por terra outro mito que cercava o Bolsa Família: o de que era um programa meramente assistencialista, que acomodava os participantes na condição de sustentados pelo Estado, sem estimular sua ida para o setor produtivo. Os que evoluíram para a nova condição de ex-assistidos conseguiram o feito graças principalmente ao reajuste do salário mínimo em patamares bem acima da inflação – uma medida com impacto positivo nessa camada de renda, mas que em contrapartida provocou também um aumento considerável dos custos nos setores público e privado. Atualmente mais de 12 milhões de pessoas estão cobertas pelo Bolsa Família, o que representa a quase totalidade dos 16 milhões de brasileiros classificados abaixo da linha de indigência (com renda mensal per capita inferior a R$ 70). É um fator digno de nota. Os frutos do programa são inegáveis hoje. A experiência já serviu de modelo para outras partes do mundo. As críticas de que não vingaria dado o seu cunho demagógico caíram por terra após um trabalho sistemático de combate aos desvios e irregularidades. E, em grande medida, por conta da iniciativa, o País viveu uma alavancagem econômica com a chegada ao mercado de milhões de novos compradores.
Comentário: eu fui um crítico do Bolsa Família, mas hoje o considero como um catalisador na difícil reação para a ascenção dos mais pobres. Reconheço o mérito dos seus idealizadores.
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